UM DIA DIFERENTE
(Cláudio Loes)
Quando chegou mais perto, fez ar de difícil. Ficou séria,
cara de exibida, do tipo sou melhor e você não me merece, nem se quer para
olhar.
Nesse instante de passagem, pisou na bosta do cavalo que
defecou em plena calçada da avenida principal da cidade. Um sem educação que
reclama do coco de cachorro esqueceu de recolher o coco do seu cavalo.
Ele deu um bom dia com educação e queria avisar que o tênis
da bela, formosa e cheirosa estava adornado com bosta de cavalo, ou poderia ser
uma égua.
Porém, a vida é assim. Duas pessoas que se encontram e
precisam evoluir muito ainda.
Uma para saber que um bom-dia nem sempre tem segundas
intenções malévolas. E o outro além de ser um sem noção, deveria recolher a
bosta do seu cavalo para não ser mais um bosta andando por aí.
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